A propósito desta frase…
"O jornalista 'puro' não deveria, segundo tal ordem de ideias, militar num partido, ser associado ou adepto de um clube desportivo, sócio de um sindicato, ter interesses ou opinião sobre o que quer que seja, ou mesmo votar, isto é, haveria de ser um extraterrestre, ou um 'castrado'".
"O jornalista 'puro' não deveria, segundo tal ordem de ideias, militar num partido, ser associado ou adepto de um clube desportivo, sócio de um sindicato, ter interesses ou opinião sobre o que quer que seja, ou mesmo votar, isto é, haveria de ser um extraterrestre, ou um 'castrado'".
Manuel António Pina, "Jornal de Notícias"
É que… ao contrário do que na maior das vezes se pensa… a preocupação doutrinária com a objectividade do jornalista não advém da necessidade de negação da subjectividade inerente a qualquer ser humano, mas justamente do oposto: da descoberta e assunção de que, de facto, a comunicação dos factos é sempre ‘colorida’ pela percepção e ponto de vista – subjectivos – do jornalista que a selecciona, elabora e comunica…
Ora, sabendo disso, o profissional da comunicação tem a obrigação de se acautelar… ter cuidados especiais, redobrar a atenção… enfim procurar em si e encontrar métodos próprios de trabalho que vão no sentido de menor subjectividade, e isto em contínua auto-formação e treinamento, para que aquilo que comunica, e o modo como o faz, seja o menos possível ‘colorido’ - distorcido ou enviesado - pela sua normal subjectividade.
2 comentários:
Oi Fonseca
Se não tivesse anunciado 10 dias de férias para "Os Momentos", roubava-te esse post...
Abraço.
Margarida
10 dias de férias para "Os Momentos", é muitíssiomo tempo... espero que não aguentes o peso desses dias todos. 'En tout cas', boas férias. Abraço.
Postar um comentário