sábado, abril 29, 2006















os bons fantasmas
















o 'mauzinho' Perna de Pau


Pois é, fomos muitos os do 'Teatrakácia' que estivemos na sessão inaugural do Projecto 'Barcos de papel', no CCP/ICA aqui no Mindelo.
Foi especial ouvir através da Net - em directo - o mentor da ideia William Gavião em Portugal, e o autor de 'Cabeças no Sotão', o dramaturgo brasileiro Wilson Machado, no Brasil. As 'nossas palmas' à ideia de realização do projecto e ao primeiro autor contemplado no país, foram ouvidas em Portugal e no Brasil.
Depois seguiu-se a primeira 'leitura dramatizada', com a Suely Duarte e o João Branco a desmultiplicarem-se nos vários personagens da bela peça do Wilson Machado. Até visualmente foi 'gostoso' de ver e ouvir Teatro. Parabéns!!!
E retomamos aqui a notícia do Mindelact.com sobre o evento de sexta-feira passada, com a devida vénia.

'CABEÇAS NO SÓTÃO' ABRE O PROJECTO 'BARCOS DE PAPEL'


Primeira sessão de «Barcos de Papel» foi um sucesso

Foi um sucesso a primeira sessão do programa de intercâmbio dramatúrgico entre Portugal, Brasil e Cabo Verde que decorreu ontem, 28 de Abril, na biblioteca do CCP - ICA, com a leitura dramatizada da peça «Cabeças no Sótão», do brasileiro Wilson Machado. Antes da leitura aconteceram dois momentos cheios de emoção, com o contacto directo, via Internet, com o autor da peça (Brasil) e William Gavião, o mentor do projecto (Portugal). Em Maio há mais.


Com uma sala da Biblioteca do Centro Cultural Português - Pólo do Mindelo praticamente cheia, maioritariamente preenchida por alunos de teatro e elementos de outros grupos de teatro, aconteceu a primeira sessão do projecto «Barcos de Papel», versão crioula do programa de intercâmbio de dramaturgia entre o Brasil, Cabo Verde e Portugal. «Correu muito bem», afirmou João Branco, visivelmente satisfeito. «E uma das maiores emoções foi poder falar em directo com o autor, que estava no Brasil e com o William Gavião, mentor do projecto, que estava em Portugal. A palavra ponte fez hoje todo o sentido».
A peça escolhida foi «Cabeças no Sótão» e teve a interpretação do próprio João Branco e Suely Duarte. A peça é da Wilson Machado, um dramaturgo brasileiro contemporâneo que, entre marcos da carreira, conquistou o 2o lugar no IV Concurso Nacional de Dramaturgia de Porto Alegre - Prémio Carlos Carvalho, com a peça «Ninguém virá bater à minha porta», e lançou o livro de contos chamado «O Silêncio de Cada Um», pela Editora Razão Cultural/Palavra & Imagem.

Posteriormente, autores cabo-verdianos, entre eles Espírito Santo da Silva, Mário Lúcio Sousa, Arménio Vieira e Júlio Fortes, serão lidos em Portugal e no Brasil. A ideia é, segundo William Gavião, reflectir e representar “as nossas inquietações, preocupações socio-culturais/políticas e artísticas, unindo a memória e os esforços que juntos partilhamos”, afirma William Gavião.

O evento insere-se no projecto triangular Brasil-Portugal-Cabo Verde de intercâmbio dramatúgico intitulado «Salve a Língua de Camões».

Rebaptizado «Barcos de Papel» na edição crioula, em homenagem ao escritor e poeta Luís Romano, autor do famoso romance «Famintos», este programa de intercâmbio consiste em colocar agentes teatrais do Brasil, Cabo Verde e Portugal a ler as peças uns dos outros.

Cabo Verde passou a integrar esta iniciativa depois de um contacto entre o brasileiro William Gavião do grupo CAIR-TE (Centro Armado da Investigação e Reflexão do Teatro) e autor do projecto “Salve a Língua de Camões” e João Branco da Associação Mindelact, tornando-se Cabo Verde no primeiro país africano a registar a sua participação neste programa. Concebida e produzida pela Companhia Teatral CAIR-TE/ Teatro Reactor, esta acção espelha uma aposta na descentralização do Teatro, a nível formal e conceptual. A proximidade é explorada pelas ligações via internet, em cada sessão, com os autores das dramaturgias/responsáveis pelo projecto. O projecto conta como parceiros a Câmara Municipal de Matosinhos, a Sociedade Portuguesa de Autores, a Associação Paulista de Autores Teatrais, a Mindelact, FNAC e o Consulado Geral do Brasil no Porto.

Com Teresa Sofia Fortes: http://www.asemana.cv/

Mais fotos de 'Pluft - o fantasminha'





















o mistério do mundo dos 'vivos'
















Eh li! Eh li! (os marinheiros nem estão aí!)
















'um fantasmóna!!!'

quinta-feira, abril 27, 2006














Os convidados: João e Lucy - Pluft

quarta-feira, abril 26, 2006

Demorou mas chegou! E como 'promessa é dívida' aqui estamos a cumprir com a promessa! Mais fotos do nosso mais recente trabalho cenográfico, dedicado as crianças...


Maribel e Pé de Pau


Os marinheiros a procura de Maribel

quinta-feira, abril 20, 2006

IMAGENS DE "PLUFT - O FANTASMINHA"

A última produção teatral do grupo, no dia da estreia absoluta - e no ambito da programação do "Março - mês do Teatro" - foi presenciada pelo fotógrafo João Barbosa que já nos habituou na captura de belas imagens do Teatro que se vai produzindo em S.Vicente, e não só!
Hoje socializamos algumas das muitas imagens captadas por JB.
















Pluft e Maribel (Lucy Mota e Luana Jardim)


















Família Fantasma: Pluft e sua mãe (Marisia Santos)


Amanhã voltaremos com mais imagens









terça-feira, abril 18, 2006

O Nosso Teatro visto pelos outros


Com a devida vénia, inserimos hoje, aqui neste blog Teatrakacia, um artigo inserto num site brasileiro de Teatro Antaprofana, com as impressões de um agente teatral que já 'viveu' por dentro o nosso Festival Internacional de Teatro - Mindelact.


Logotipo do Mindelact - obra da premiada Luísa Queiróz


'A intensa atividade teatral na Ilha de S. Vicente, inclui um Festival Internacional e uma Revista.

Mindelo é uma cidade branca, com sobradinhos cheios de curvas graciosas, com ladeiras que levam a paisagens marítimas, quando por elas se sobe. Porque de qualquer parte da cidade a gente termina vendo o mar, para nunca esquecer que está numa ilha. E o povo é alegre, festeiro, apesar do olhar sempre saudoso voltado para o horizonte, onde céu e mar se encontram. Capital da Ilha de São Vicente, Mindelo é também a capital do teatro em Cabo Verde, pois apresenta uma produção respeitável e o Festival Mindelact, maior evento do gênero em países da África de língua portuguesa. A Associação Artística e Cultural Mindelact, fundada em 1994, visa essencialmente ao desenvolvimento e à promoção das artes cênicas em Cabo Verde, pondo a tônica na formação de jovens com poucos meios financeiros e proporcionar o bem estar da população através de atividades sócio-culturais. E sua ação é contínua, atuando em diversos Planos de Atividade, favorecendo a formação de jovens na ilha de São Vicente e também em outras ilhas do País, apoiando o Ensino Básico, em matéria de documentação para estudo, publicando “Mindelact – teatro em revista” e, além do Festival Internacional do Teatro do Mindelo – Mindelact, realiza o evento “Março – Mês do Teatro”. Antaprofana, abrindo sua nova fase, envia saudações a João Branco, diretor do Mindelact e ao seu pessoal. Gostaremos muito de manter sempre contato e de trocar figurinhas, experiências e sonhos. Convidamos nossos visitantes a visitar também a página http://www.mindelact.com/ para saber um pouco mais do belo trabalho que se realiza em Cabo Verde - o arquipélago encantado que, apesar de todas as diferenças, tem um jeitão bem brasileiro.

segunda-feira, abril 17, 2006

NUNO DELGADO




Considerado pela crítica o Melhor Actor do Mindelact 2005, sobretudo pela sua prestação em 'O Auto da Compadecida' de Ariano Suassuna, como o malandro João Grilo: Nuno Delgado do Atelier Teatrakácia.

Eduíno Santos escreveu por altura do balanço do Mindelact 2005, sobre o nosso actor:
'Nuno Delgado já tinha surpreendido o público com a sua prestação com o desempenho do Bobo, na peça “Rei Lear”, onde cativou pela sua espontaneidade e brejeirice crioula que transportou para a personagem. Agora, com o João Grilo, de Ariano Suassuna, Nuno confirma o que já tinha prometido; assume-se como um grande talento e cria uma forma própria de estar no palco. O João Grilo do Nuno é brejeiro, malandreco, mentiroso, ladrão, ardiloso, mas terno e encantador, o que leva o público a apaixonar-se desde o início da peça pela personagem. O elevado desempenho de Nuno Delgado só é possível graças a um trabalho de elevada qualidade técnica de João Paulo Brito, que prepara o céu para o Nuno brilhar'.


Nuno Delgado a contracenar com Luís Morais e João Paulo Brito

Centenário de Samuel Beckett




Nasceu há 100 anos o escritor, dramaturgo e encenador irlandês Samuel Beckett. Grande parte da sua obra foi escrita em francês, de que se destaca essa obra conhecida e reconhecida mundialmente como um ícone do Teatro Contemporâneo - “À Espera de Godot”. Peça que aqui no país, foi levado ao palco numa adaptação crioula que pôs a contracenar um camponês do interior de Santiago e uma camponesa da Ilha das Montanhas – "À espera da Chuva’".


Também ressai da obra de Beckett, uma trilogia de romances e quatro novelas (entre as quais “Primeiro Amor”), também conotadas em França, país onde viveu largos anos, participando na Resistência ao ocupante nazi. Aliás em Paris Beckett foi também professor e aí morreu a 22 de Dezembro de 1989.

Foi também em Paris que conheceu o seu compatriota James Joyce. Em 1931 regressou à Irlanda, mas sempre se repartiu entre o seu país natal (que então se batia pela independência da coroa britânica), com passagens por Londres e pela Alemanha, além de França.

Curiosamente, depois de escrita - originalmente na língua de Molière - ocupou-se ele mesmo de verter os seus livros para a língua inglesa, construindo uma obra bilingue cada vez mais depurada. Em 1969 foi-lhe atribuído o Nobel da Literatura, distribuindo o respectivo dinheiro pelos amigos.

Em Cabo Verde, em 2002, o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo - ICA, fez uma adaptação livre inspirada na mais emblemática das peças de Beckett, com a peça "À Espera da Chuva", numa encenação de João Branco.




















'À espera da chuva' - foto JBranco

E pelo interesse - e actualidade - também aqui retomamos este texto de Daniel Cristal sobre o génio de Beckett (in OLiberal-on-line), com a devida vénia

OS GÉNIOS SÃO EXIBICIONISTAS
Se Samuel Beckett obedecesse aos cânones tradicionais do Teatro do seu tempo, nunca seria o génio e mestre que foi, e ainda é. Faz parte da Arte romper com o passado, subverter, transgredir: ao nível do conteúdo e este arrasta por consequência, pela lógica que engendra, a própria forma. Difícil, talvez mais difícil, será a forma tradicional expressar a ideia de um mundo novo, conquistado diariamente. Difícil, mas possível, porventura, um desafio respeitável e atrevido, também, em simultâneo
Na progressão do meu percurso na Net, fui verificando o seguinte: os estetas que nela se movem não procuram amizade, procuram mais precisamente empatia; e elas não são a mesma coisa. Se quisessem amizade, namoro, amor, entrariam nos grupos da especialidade. Alguns até, porventura, talvez lá estejam, porque certamente lhes faz falta, mas não é a generalidade, suponho eu, com alguma convicção pessoal.
O que me leva a esta reflexão, não é um acto gratuito, uma mera especulação da imaginação; é, antes, a reflexão da terminologia usada que parece desviada da sua significação original.
Aquilo que se diz comummente de 'amigo(a)', não é a palavra certa para quem busca mais do que isso. A empatia é outra coisa, que não é a amizade. É um estado espiritual com o entendimento quase pleno de sentimentos e pensamentos, fluídos numa abstracção adquirida. É uma compreensão quase absoluta, sempre dinâmica e evolutiva, da idiossincrasia do(a) outro(a), uma procura de aferição por um nível que já não pertence à norma generalizada. Começa por ser uma adopção de uma atitude perante a vida, de um estar e um agir diferenciados, que se pautam por valores outros, e que não são os da mediania, muito menos os da mediocridade institucionalizada.
Ser ou não ser amigo, esperar cobrança pela amizade, este não é o modo de enobrecer o sentimento ligeiro, que diz que é, sem saber bem o que é. A relação de amizade e companheirismo pode exigir mais do que o significado comum; pode exigir afinidades de alma, do estado mais ou menos avançado da sua progressão, envolvendo e incluindo avanços nos padrões culturais e estéticos. Na Arte, é recuo continuar a pautar-se pela norma. Ela precisa do arrebatamento, do arroubamento, do encantamento. Ela emociona e extravasa num ambiente presente, que não deseja mais ser o do lugar-comum. Se Samuel Beckett obedecesse aos cânones tradicionais do Teatro do seu tempo, nunca seria o génio e mestre que foi, e ainda é. Faz parte da Arte romper com o passado, subverter, transgredir: ao nível do conteúdo e este arrasta por consequência, pela lógica que engendra, a própria forma. Difícil, talvez mais difícil, será a forma tradicional expressar a ideia de um mundo novo, conquistado diariamente. Difícil, mas possível, porventura, um desafio respeitável e atrevido, também, em simultâneo.
Quando vamos a uma exposição anunciada de boa parte da obra de Pablo Picasso ou Salvador Dali ou Paula Rego, não encontro entre os visitantes gente que os rejeita, mas quem os admira, e, quando muito, um ou dois debutantes que aparecem por


curiosidade ou para aprender mais acerca dos artistas. Esses visitantes podiam dar a sua mão uns aos outros, porque comungam da arte do artista. A estes, os autores poderiam, se pudessem, felicitar a visita, porque são procurados por quem quer maravilhar-se ou aperfeiçoar o entendimento da sua arte. O que procura o esteta? Maravilhar pela sua expressão, seja a pictórica ou outra, que inclui naturalmente a formal, desenvolver o seu génio, comungar com todos os outros estetas que afinam pelo diapasão de uma individualidade artística que causa impacto agradável, atraente, criador de consciências mais evoluídas. Todo o resto é romance com ele ou acerca dele.
É, no fundo, a própria voz que o artista procura, a sua voz pessoal, individual, o seu jeito de ser diferenciado de toda a colectividade estática, periférica, a busca incessante e em permanente expansão do seu génio, mais ou menos, promissor, profético, apologético. De certo modo, também, ele é um exibicionista que quer maravilhar pela individualidade. E mais digo: a exibição não tem nada de negativo, antes pelo contrário - nestes casos específicos, ela é um modo utilizado pelo corpo (conduzido pela alma), com o propósito de se querer descarnar para ser espírito unicamente.
Daniel Cristal

sábado, abril 15, 2006

União faz a força!



União faz a força!

Graças a uma louvável iniciativa do Centro Cultural Português - Pólo do Mindelo, a grande maioria dos grupos de teatro de S. Vicente já tem o seu espaço na Internet, com um blog autónomo.

Fazemos votos que os companheiros de luta consigam manter os seus blogues vivos e activos, para reforçar esta rede de informação do teatro de S. Vicente.

Aqui ficam os endereços:

Companhia de Teatro Solaris
http://www.cteatrosolariscv.blogspot.com/

Teatro Infantil do Mindelo
http://www.blimundo.blogspot.com/

Atelier Teatrakácia
http://www.teatrakacia.blogspot.com/

Sarrom.com Teatro & Companhia
http://www.sarronpontocom.blogspot.com/

XI Curso de Teatro do CCP/ICA
http://www.psicoteatro.blogspot.com/

GTCCPM - ICA
www.gtccpm.blogspot.com

Resta agradecer ao Centro Cultural Português/IÇA, Pólo do Mindelo – por mais esta iniciativa em prol dos grupos de Teatro de Mindelo. Mais Teatro para uma vida Melhor!!!


No Dia Mundial do Teatro, os grupos de Teatro do Mindelo assumiram posição conjunta em relação à actual situação por que passam os agentes e grupos do país.

Aproveitar o Dia Mundial do Teatro não apenas para comemorar, mas sobretudo para reflectir. Foi com este objectivo que os agentes teatrais do Mindelo, com todos os grupos de teatro em actividade representados, redigiram um comunicado onde chamam atenção para alguns aspectos relacionados com a actualidade teatral. E lançam o repto: «nós estamos a fazer a nossa parte. Agora, quem de direito, tem também que assumir as suas responsabilidades". Leia aqui o texto integral.


DIA MUNDIAL DO TEATRO

Comunicado Conjunto


No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro, que deve e pode funcionar também como um dia de reflexão, os grupos de teatro de S. Vicente em actividade concluem que:

1. Existe nesta ilha uma dinâmica teatral crescente, no que diz respeito ao número de grupos teatrais em actividade, espectáculos produzidos por ano, número de pessoas envolvidas na sua execução, um público crescente (com destaque para o público infantil) e na aposta numa formação teatral contínua.

2. Esta dinâmica é o resultado da crescente qualidade técnica e artística do nosso teatro e não nasceu de geração espontânea. Pelo contrário, ela é o resultado directo de dias e dias de trabalho, horas e horas de ensaios, de muito sacrifício pessoal e esforço colectivo.

3. Destacamos ainda a visibilidade crescente em áreas como a dramaturgia, a encenação, a cenografia, a iluminação, a componente gráfica, etc.

4. Afirmamos a união crescente entre os grupos teatrais, independentemente da salutar diferença existente entre os mesmos, no que diz respeito aos projectos artísticos e aos pontos de vista estético, estilo ou de reportório.

5. Não foi por acaso que o Festival Internacional de Teatro do Mindelo – Mindelact, que é de todos nós, tenha sido recentemente classificado como o mais importante evento teatral africano.

6. Também não terá sido por acaso que toda essa dinâmica foi reconhecida oficialmente, pelo Governo, com a atribuição à Associação Mindelact da Medalha de 1º Grau de Mérito Cultural, e pela Câmara Municipal, com a homenagem prestada no dia do Município.

Apesar deste panorama risonho, os grupos de teatro do Mindelo constatam que:

1. As condições de trabalho, que deviam ser proporcionadas por quem de direito, não tem acompanhado a referida dinâmica e o reconhecimento oficial que resultou da mesma.

2. Os grupos de teatro em actividade continuam sem lugares condignos de ensaio e de reciclagem a nível de formação teatral.

3. As condições de produção de espectáculos de teatro são, a cada dia que passa, menos condignas e mais difíceis.

4. Apesar da única sala disponível estar localizada num espaço público, os custos a que os grupos de teatro estão sujeitos para montar as suas peças, na maioria das vezes, não são cobertas pelas poucas receitas conseguidas.

5. A situação actual, as conquistas alcançadas com o trabalho e suor de todos nós, já justificava, de quem de direito, uma outra aposta, dinâmica e investimento nas artes cénicas cabo-verdianas, em geral, e de S. Vicente, em particular.

6. A situação actual já justificava a existência em S. Vicente de um espaço público, com salas de ensaio, salas de aula, escritório de produção, local para guardar cenários, figurinos e material técnico, espaço esse, entregue aos próprios artistas e agentes teatrais para uma utilização contínua e condigna.

Assim: os grupos de teatro de S. Vicente exigem, que quem de direito, faça também, aqui e agora, a sua parte. E lançam o apelo: assumam as vossas responsabilidades.

Nos continuaremos, com cada vez mais força, união e trabalho, a fazer a nossa parte, em prol do teatro em Cabo Verde e em S. Vicente.


Mindelo, 27 de Março de 2006 / Dia Mundial do Teatro e Dia da Mulher Cabo-verdiana


Alunos dos Cursos de Iniciação Teatral do CCP

Associação Artística e Cultural Mindelact

Atelier Teatrakácia

Companhia de Teatro Solaris

Grupo de Teatro do CCP / ICA

Grupo de Teatro Dionísio

Sarrom.com Teatro & Companhia

Teatro Infantil do Mindelo - TIM

Aconteceu Teatrakácia no Março - mês do Teatro
PLUFT – O fantasminha Estreia absoluta a 24, 25 e 26 de Março, no CCM


Quando falamos de infância, as primeiras lembranças que nos vêm à cabeça são aquelas que de alguma forma nos emocionaram. E ninguém melhor do que Maria Clara Machado, dramaturga brasileira, para explorar este universo das nossas memórias infantis, desmistificando os nossos maiores medos. Depois de uma bruxa que não queria ser má, agora é a vez de um fantasma que tem medo de crescer. Mais uma aposta do Atelier Teatrakácia no teatro infantil.

A propósito do espectáculo "Pluft - o Fantasminha", próxima estreia absoluta do Atelier Teatrakácia, le-se no programa da peça:

"Quando falamos de infância, as primeiras lembranças que nos vêm à cabeça são aquelas que de alguma forma nos emocionaram. Sem dúvida nenhuma dentre tantos marcos, é na literatura onde encontramos a possibilidade de estabelecer sonhos e de deixar solta a nossa imaginação, fazendo com que tomemos parte daquilo que se está lendo.

No campo da dramaturgia infantil, tivemos uma escritora de peso: Maria Clara Machado. Ela não só soube falar directamente para a criança, como conseguiu, através de suas peças, expressar o universo infantil. "A criança guarda hoje as mesmas características das crianças de quarenta anos atrás: o medo de crescer e o medo do outro", já dizia.

Pluft traduz, de forma maravilhosa a intimidade de Maria Clara com o fazer teatral (particularmente com a linguagem do teatro de bonecos) e o seu comovente respeito com o universo infantil.

Sua peça mais famosa, "Pluft, o fantasminha" é a história de um fantasma criança, que tem medo de crescer. Um fantasminha que tem medo de gente.O personagem Pluft traduz perfeitamente os medos infantis, principalmente do desconhecido.

Pluft é um fantasminha criança. Vive num sótão de uma casa à beira mar, juntamente com a Mãe Fantasma e o velho Tio Gerúndio, fantasma aposentado, que não faz outra coisa a não ser dormir dentro de um baú.

A partir daí começa uma aventura com o vilão Perna de Pau em busca do tesouro do Capitão Bonança, avô da menina Maribel.

A profunda relação de amizade que se estabelece entre Pluft e a menina Maribel e a consequente superação dos respectivos medos, leva à inevitável união de "gentes" e "fantasmas" para o estabelecimento da harmonia final.

Pluft, o fantasminha já foi encenado inúmeras vezes no Brasil e outros países, já foi adaptado para a televisão pela globo e para o cinema e mereceu vários prémios em todo o Brasil.

Marisa Santos e Janira Gomes"


Ficha Artística
" Pluft, o fantasminha"
De Maria Clara Machado

Encenação e Cenografia
Janira Gomes

Interpretação
Amílcar Gomes
Fonseca Soares
João Gomes
João Cruz
Luana Jardim
Luci Mota
Marisa Santos
Nuno Delgado

Figurinos
Colectivo


Nosso grupo já apresentou peças como "Sete Pecados Capitais", "Bónk d'Urgência", e para o público infantil produziu e apresentou "xclumbumba" e "A Bruxinha que era boa".

sexta-feira, abril 14, 2006

GULA!

O nosso Grupo, depois da estreia absoluta de "Pluft - o fantasminha" no ambito de 'Março - mês do Teatro', prevê a temporada para mais esta peça infantil para o mês da Criança - Junho!
Aguarde! E também no blog - para breve - imagens do João Barbosa da peça!