sexta-feira, agosto 29, 2008

Maria Clara Machado - a dramaturga-mór do Atelier Teatrakácia

A esta não poderíamos fugir:
Maria Clara Machado – aqui no Atelier Teatrakácia – é um nome ‘fétiche’. Ela é a dramaturga-mor deste grupo, em termos de teatro infantil. Pluft – o fantasminha e A bruxinha que era boa, não nos deixam mentir.
Através do Jornal do Brasil ficámos a saber da boa nova:
Câmara do Rio de Janeiro entrega medalha Pedro Ernesto à Maria Clara Machado
JB Online
RIO - A Câmara Municipal do Rio entrega nesta sexta-feira, às 19h, as medalhas Pedro Ernesto ao Teatro Tablado e post mortem à sua fundadora, Maria Clara Machado, por iniciativa da vereadora Andrea Gouvêa Vieira.
Fundado em 1951 pela mineira Maria Clara Machado, o Tablado é um ícone da cultura carioca. Formou cinco mil atores e revelou grandes talentos, como Andrea Beltrão, Miguel Falabella, Marieta Severo, Cláudia Abreu, Louise Cardoso, Malu Mader, Marcos Palmeira, e muitos outros...
Como palco, o Tablado tem propiciado aos cariocas o que há de melhor na dramaturgia, sobretudo um teatro infantil de altíssima qualidade.
Dama do teatro brasileiro, Maria Clara Machado deixou um legado inestimável de peças infantis que têm encantado gerações, como "O rapto das Cebolinhas", "A Bruxinha que era boa", "O Cavalinho Azul" e "Pluft, o fantasminha".
Amanhã, Pluft, o fantasminha, estará no plenário da Câmara, para assombrar a solenidade. O Cavalinho Azul –fábula dos sonhos- também já confirmou presença na cerimônia. O Tablado era o Cavalinho Azul de Maria Clara Machado.

quinta-feira, agosto 28, 2008

“Um Homem, uma Mulher e um Frigorífico” em estreia no CCP da Praia – antes de rumar para MINDELACT 2008


No Mindelact 2008, a ter lugar já a 4 de Setembro próximo, o espectáculo está previsto para o Encerramento, domingo - 14 de Setembro.

“Um Homem, uma Mulher e um Frigorífico” é uma produção do Projecto fActo, no Festival a representar Santiago / Cabo Verde.

'Vinte e cinco anos. Vinte e cinco longos anos… de casamento. As bodas de prata são o momento propício para questionar um quarto de século de vida em comum. De sonhos, de alegrias, de paixões e frustrações… É o momento da cobrança… '

O texto de Mário Lúcio Sousa roça o absurdo, propõe uma viagem ao universo da loucura.

Com a devida vénia, transcrevemos aqui no Teatrakácia, a informação sobre a estreia absoluta na capital, da peça do Mário Lúcio:

“Um Homem, uma Mulher e um Frigorífico” é título da peça de Mário Lúcio Sousa a ser estreada no Instituto de Camões/Centro Cultural Português (IC/CCP), na Praia, nos próximos dias 4 e 5 de Setembro.
Com encenação de João Paulo Brito e a interpretação de Raquel Monteiro e Valdir Brito, a peça é fiel a uma sinopse que aborda a questão: “É. como é que chegamos a esse ponto?”…Vinte e cinco anos. Vinte e cinco longos anos de casamento. As bodas de prata são o momento propício para questionar um quarto de século de vida em comum. De sonhos, de alegrias, de paixões e frustrações… É o momento da cobrança…”.
O texto de Mário Lúcio aflora o “Absurdo”, propõe uma viagem ao universo da loucura e os restantes elementos, de “FACTO”, embarcam na proposta e o resultado é: Um Homem, uma Mulher e um Frigorífico.
O Projecto de “FACTO”, que concebeu artisticamente este espectáculo, fazem ainda parte Betty Fernandes (direcção de movimento), Mano Preto (cenografia e adereços), Paulo silva (desenho de luz), José Pedro Bettencourt (sonoplastia), Dulce Sequeira (direcção de cena), César Schofield (design gráfico), estando a produção a cargo de Raquel Monteiro.
PC

Da nossa parte, o tradicional 'muuuuita meeeerda!!!', quando até podemos ver essa coincidência da estreia na capital a 4 de Setembro... como uma espécie de convergência e unidade do teatro nacional, ou d'outra forma, uma abertura descentralizada do Festival Internacional de Teatro - Mindelact 2008

terça-feira, agosto 26, 2008

FORMAÇÃO


Formação de CLOWN para formadores

Numa iniciativa da Associação Italiana Stringhe Colorate em colaboração com Espaço Jovem, vai acontecer a partir de hoje, 26 de Agosto, pelas 19:00 horas, no Centro Social do Madeiralzinho.

Trata-se de uma formação para monitores, actores, professores, educadores e outros interessados, numa proposta do artista André Casaca.

É aproveitar, numa terra onde a formação é sempre escassa, sobretudo nessa especialidade. Ainda mais, pelo facto de ser gratuito.
Mas há mais! Dionísio deve estar pr’aqui virado!

Outra formação da mesma iniciativa, mais a parceria da Escola Secundária Jorge Barbosa: Formação de construção e animação de Marionetas para formadores, pelo formador Paolo Cattaneo.
Esta formação está aprazada para iniciar a 1 de Setembro, pelas 18:30, na Escola Secundária Jorge Barbosa. Também sem custos.

Para mais informações – válido para as duas formações - contactar Verónica – 977 38 31.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Festa do Teatro de Língua Portuguesa no Piauí


Os nossos rapazes (João Branco e Anselmo Fortes) e raparigas (Bety Gonçalves, Ludmila Évora, Sílvia Lima e Zenaida Alfama) já estão a caminho do Brasil. A equipa do Grupo de Teatro do CCP do Mindelo, actores e técnico envolvidos na peça ‘Mulheres na Laginha’, parte hoje sexta-feira em direcção ao Piauí, para levar o nosso quinhão para a festa do teatro de língua portuguesa – com duas actuações previstas para os dias 26 e 28 corrente.
Na última semana deste quente mês de Agosto, a capital Teresina será palco para espectáculos idos de Cabo Verde, Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe e do Brasil, no Festival de Teatro Lusófono;
Zé Celso Martinez Corrêa e Lucélia Santos estão entre os palestrantes convidados.

Um jornalista brasileiro escreve o seguinte, a propósito dessa Festa do Teatro Lusófono:
‘Uma das vantagens mais alardeadas sobre a construção de um aeroporto internacional no litoral do Piauí é que ele tornaria a Europa mais próxima do Brasil. Seis horas de vôo, afirmam os entendidos no assunto. Mas um tradicional grupo de teatro descobriu uma maneira de aproximar Europa, África e o Brasil usando muito menos recursos do que levaria a construção de uma pista de pouso internacional no Estado que tem a menor extensão de litoral do Nordeste. Entre os dias 24 e 31 de agosto, Teresina, a capital do Piauí no Brasil recebe espetáculos vindos de Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde e São e Príncipe, que se juntam aos brasileiros Bando de Teatro Olodum (Bahia) e ao músico Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado (Paraíba) no Festival de Teatro Lusófono – o primeiro festival internacional a acontecer no Estado.
Ousado para os parâmetros das artes cênicas piauienses, o FestLuso vem sendo pensado e produzido há mais de dez anos pelo Grupo Harém de Teatro, trupe famosa por manter-se em cartaz por mais de 15 anos com a peça “Raimunda Pinto Sim, Senhor”, do dramaturgo Francisco Pereira que dedicou a trilogia da qual o texto faz parte à dama do teatro brasileiro Fernanda Montenegro.
O primeiro passo – ou estender de mãos – deu-se por volta de 1998 quando o ator e produtor Francisco Pellé mudou-se temporariamente para Portugal, no intuito de trabalhar com as companhias daquele país e construir uma ponte de parcerias com elas.
“A realização deste festival é o resultado final de um processo que começou com a minha ida para Portugal há dez anos. Em todo esse tempo, o Grupo Harém tem viajado sistematicamente àquele país no intuito de sedimentar essa relação com o teatro de língua portuguesa”, destaca o ator e produtor Francisco Pellé.
Durante esse tempo, o Harém estreitou laços com grupos como Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, de Cabo Verde, do Teatro Extremo, de Almada, em Portugal, do Grupo de Teatro de Pesquisa “Serpente”, de Kixingangu, em Angola para citar algumas das companhias estrangeiras que virão ao FestLuso.
Os espetáculos dos oitos grupos – contando com o Harém, que apresenta-se com “Raimunda Pinto Sim, Senhor” – vão ocupar o Theatro 4 de Setembro, casa de espetáculos que fica no centro de Teresina e é a mais tradicional do Estado, e o Teatro Municipal João Paulo II, construído há três anos na periferia da cidade. A programação também conta com oficinas para artistas ministradas por profissionais como a coreógrafa Lenora Lobo, a dramaturga Gisela Cañamero e o diretor Joaquim Paulo Nogueira, esses últimos portugueses.
A riqueza e a diversidade do teatro de língua portuguesa no Festival de Teatro Lusófono atraiu gente famosa como o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa que ligou pessoalmente para Arimatan Martins, diretor do Harém para comunicar sua vinda. Ele aproveita a visita à Teresina para ministrar uma aula show sobre os 50 anos do Teatro Oficina.
Outra presença marcante no FestLuso será a da atriz Lucélia Santos. A artista participa de mesa-redonda sobre o resgate e a preservação da língua portuguesa no mundo. O convite da atriz foi reforçado pelo trabalho que ela vem realizando ao longo dos anos na Ásia, em especial no Timor Leste onde filmou e dirigiu o documentário 'Timor Lorosae - O Massacre que o Mundo Não Viu'.
“O objetivo do Festival Internacional de Teatro Lusófono é a integração entre os grupos teatrais falantes da língua. O critério de escolha dos convidados levou em conta exatamente o trabalho que elas desenvolvem para divulgar a língua portuguesa em todo o mundo”, explica Pellé.
Muuuuuita Meeeeeerda!!!

terça-feira, agosto 19, 2008

Mais opiniões sobre o filme 'Mindelo - Tráz d'horizonte' na sua estreia no Brasil


Vejamos outras leituras críticas de ‘Mindelo – traz d’horizonte’

CINEMA
Retrato poético de Cabo Verde

O segundo longa estrangeiro da mostra competitiva do 36º Festival de Gramado é um documentário sobre Cabo Verde:
Mindelo – Traz d’Horizonte registra em imagens as magníficas paisagens, o povo e a cultura do arquipélago situado no meio do Oceano Atlântico. Concentrando-se na cidade portuária de Mindelo, a segunda maior do país, o diretor e roteirista grego Alexis Tsafas registra o cotidiano da gente cabo-verdiana – fruto da mistura de portugueses e africanos, cuja língua crioula é de uma prosódia melodiosa.
Música, aliás, é a pedra de toque de Mindelo: abrindo mão de narração, comentários ou entrevistas, o filme envereda pelo caminho do documentário poético, embalado pela trilha sonora do compositor, pianista e poeta cabo-verdiano Vasco Martins e pontuado por ritmos característicos como a morna e pelo trabalho de músicos como o compositor Manuel de Novas, o violonista Voginha, a cantora Gabriela Mendes e a mitológica Cesária Évora, a “Diva de Pés Descalços”. Nesse sentido, Mindelo lembra outro belo filme exibido em Gramado:
Suíte Havana, do cubano Fernando Pérez, vencedor do Prêmio Especial do Júri e do Prêmio da Crítica no festival de 2004.
ROGER LERINA
(in http://bl114w.blu114.mail.live.com/mail/InboxLight.aspx?FolderID=00000000-0000-0000-0000-000000000001&InboxSortAscending=False&InboxSortBy=Date&n=1196335413)

E também registamos aqui as palavras do realizador Alexis Tsafas sobre a presença de ‘Mindelo’ no Festival de Cinema de Gramado 2008:

‘Em Brasil tudo foi um sonho. O público gostou e aplaudiu muito. Os melhores críticos dos jornais de São Paulo e do Porto Alegre escreveram boas palavras (já fiz um arquivo com os jornais para mostrar-te). Também os críticos me prometeram apoio para a fundação de um cine clube em Mindelo. Não era fácil um documentário ganhar o prémio porque os outros filmes eram ficções, produções de altos orçamentos e foram filmados em 35mm.
Acabei de ler o artigo da Semana-on-line com algumas referências críticas más. São escritas só em páginas da internet não importantes.
Um crítico, um dos mais respeitáveis do Brasil, o Luis Carlos Merten, gostou o nosso filme e escreveu no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO (um jornal importante) que o «…Mindelo já foi um passo à frente do argentino “Por sus próprios ojos”» (É o filme que ganhou muitos prémios).
O Daniel Soares do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre escreveu «…o colombiano Perro come perro é o mais cotado a levar o Kikito, além de Mindelo atrás de horizonte de Alexis Tsafas, que foi muito aplaudido na terça.»
Também, entre outros, a presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande Do Sul, Ivonete Pinto e o crítico da Rede Recorde, Marcos Santuario adoraram o nosso filme.'
Aproveitamos para acrescentar uma carta d'agradecimento da Organização do Festival de Cinema do Gramado, assinada pela Bebel Marques:
Alexis Tsafas, Yannis Fotou e toda equipe do filme MINDELO – atrás de horizonte,
Agradecemos pela participação de vocês, pela fidelidade aos compromissos firmados com o Festival e pelo empenho em tornar o 36º Festival de Cinema de Gramado no evento espetacular que foi em 2008.
Que os filmes apresentados por vocês, independente de terem recebido kikito, tenham um enorme sucesso pelas salas de cinema do Brasil. Afinal, todos são vitoriosos por terem sido selecionados em meio a tantas inscrições que recebemos para esta edição do Festival.
A colaboração de vocês foi ótima. E será inesquecível.
O nosso muito obrigada por terem contribuído de forma tão honrosa para a história do cinema brasileiro!
Parabéns!
Bjs,

Bebel Marques
36º Festival de Cinema de Gramado
Rua José Otávio Mânica, 160 - Santa Teresa
90850-320 - Porto Alegre/RS
(55) 51-3235-1776

Festival de Cinema de Gramado


Teatrakacia, depois de ter anunciado e até certo ponto acompanhado a presença do filme Mindelo - Tráz d'horizonte no 36º Festival de Cinema de Gramado, aproveita para agora também anunciar os vencedores. Pois trata-se de um Festival/Concurso:

O 36º Festival de Cinema de Gramado tem a honra de anunciar os grandes vencedores desta edição do maior festival cinematográfico do país.


Premiação 2008
Longa-Metragem Brasileiro:
Melhor filme de longa-metragem: NOME PROPRIO de Murilo Salles
Melhor Diretor: Domingos Oliveira pelo filme JUVENTUDE
Melhor Ator: Daniel de Oliveira pelo filme A FESTA DA MENINA MORTA
Melhor Atriz: Leandra Leal pelo filme NOME PROPRIO
Melhor Roteiro: Domingos Oliveira pelo filme JUVENTUDE
Melhor Fotografia: Lula Carvalho pelo filme A FESTA DA MENINA MORTA
Prêmio Especial do Júri: A Festa Damenina Morta de Matheus Nachtergaele
Premio de Qualidade Artística: para os Atores Aderbal Freire Filho, Domingos Oliveira e Paulo Jose pelo filme JUVENTUDE
Melhor Diretor de Arte: Pedro Paulo de Souza pelo filme NOME PROPRIO
Melhor Música: Matheus Nachtergale pelo filme A FESTA DA MENINA MORTA
Melhor Montagem: Natara Ney pelo filme JUVENTUDE
Prêmio da Crítica: A Festa Da Menina Morta de Matheus Nachtergale
Melhor filme do Júri Popular: A Festa Da Menina Morta de Matheus Nachtergale
Longa-Metragem Estrangeiro:
Melhor Filme: COCHOCHI de Israel Cardenas e Laura Guzman
Melhor Diretor: Carlos Moreno pelo Filme PERRO COME PERRO
Melhor Ator: Marlon Moreno e Oscar Borda pelo filme PERRO COMOE PERRO
Melhor Atriz: Ana Carabajal pelo filme POR SUS PROPIOS OJOS
Melhor Roteiro: Liliana Paolinelli pelo filme “ POR SUS PROPIOS OJOS
Melhor Fotografia: Juan Carlos Gil pelo filme PERRO COME PERRO
Prêmio Especial do Júri: para POR SUS PROPIOS OJOS
Prêmio de Qualidade Artística: para COCHOCHI
Excelência de linguagem técnica: COCHOCHI de Israel Cardenas e Laura Guzman
Premio da Crítica: Perro come Perro de Carlos Moreno
Melhor Filme do Júri Popular: POR SUS PROPIOS OJOS de Liliana Paolinelli
CURTA METRAGEM
Melhor filme: Areia de Caetano Gotardo
Melhor Diretor: Jaime Lerner pelo filme Subsolo
Melhor Ator: Augusto Madeira pelos filmes Blackout e Noite de Domingo
Melhor Atriz: Malu Galli pelo filme Areia
Melhor Roteiro: César Cabral e Leandro Maciel por Dossiê Rebordosa
Melhor Fotografia: Heloisa Passos por Areia
Premio Especial do Júri: Booker Pittman de Rodrigo Grota
Melhor Diretor de Arte: José de Aguiar pelo filme Booker Pittman
Melhor Música: Booker Pittman pelo filme Booker Pittman
Melhor Montagem: César Cabral e Leandro Maciel pelo filme Dossiê Rê Bordosa
Prêmio da Crítica: : Booker Pittman de Rodrigo Grota
Mostra Gaúcha
Melhor Filme: Um dia como hoje de Eduardo Wannmacher
Melhor Direção: Diego Muller por Cortejo Negro
Melhor Roteiro: Eduardo Wannmacher por Um dia como hoje
Melhor Fotografia: Fernando Vanelli por Cortejo Negro
Melhor Direção de Arte: Rita Faustini por O Sete Trouxas
Melhor Música: Fausto Prado por Subsolo
Melhor Montagem: Fábio Lobanowsky por Um dia como hoje
Melhor Edição de Som: Cristiano Scherer por Rosário dos Navegantes
Melhor Produtor/ Produtor Executivo: Pablo Muller por Cortejo Negro
Melhor Ator: Júlio Andrade por Um dia como hoje
Melhor Atriz: Carolina Sudat por Um dia como hoje
COORDENAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA36º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

quarta-feira, agosto 13, 2008

Mindelo - Tráz d'horizonte foi ontem exibido no Festival de Cinema do Gramado

Foto Gustavo Vara/PressPhoto


Chegam-nos informações da nossa participação - com a co-produção Mindelo - Tráz d'horizonte -no mais afamado festival de Cinema do Brasil. Nas longas metragens em competição, ontem à noite, como se vê na foto, o realizador grego Alexis Tsafas (acompanhado do director de fotografia Yanis Fotou) fez a apresentação antes da projecção. Era a primeira exibição numa sala de cinema. Recorde-se que a estreia absoluta, aqui no Mindelo a 5 de Julho passado, aconteceu no Auditório do Centro Cultural do Mindelo, visto que a triste realidade - ausência de salas de cinema - o impôs!

Com a devida vénia, as informações que nos chegam directamente da Coordenação da Assessoria d'imprensa do 36º Festival do Gramado:
Longa estrangeiro “Mindelo” FOI projetado pela primeira vez numa sala de cinema aqui em Gramado
12/08/2008

“Mindelo – Atrás de Horizonte”, o longa do realizador grego Alexis Tsafas, que estreou ontem à noite em Gramado, conta a história de um lugar especial. “Meu avô era capitão de navio de carga e ele sempre me contava sobre um lugar escondido, um lugar mágico perdido no meio do oceano, onde vivia um povo diferente”, explica o realizador.
O lugar era Mindelo, uma pequena cidade portuária na ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Alexis Tsafas também se encantou com a paisagem e a cultura do povo. Mais de dois terços da população são crioulos. “A minha intenção com esta produção era mostrar as tradições dos crioulos de Mindelo para todo o mundo. O documentário faz um diálogo com a imagem, quase não há texto. Acho que fica mais fácil entender a situação daquele lugar, apesar de que existem passagens onde o povo fala português e crioulo, que é muito difícil de compreender”, explica o diretor.A língua foi a grande dificuldade de Yannis Fotou, que assina a direção de imagem. “Eu conhecia apenas um pouco da música de Cabo Verde. Alexis me contou algumas coisas, mas o resto foi surpresa”, revela Fotou, que também se surpreendeu com o clima árido da região. O filme levou um ano para ser rodado e foi exibido à população de Mindelo no dia da Independência do País. “Há uma cultura muito grande de teatro em Cabo Verde, com ótimos atores. Em compensação, não existem salas de cinema no país, que tem uma população de 400 mil pessoas”, lamenta o diretor Alexis Tsafas. Ele conta ainda, que quando conseguiram projetar o filme - de forma improvisada – os moradores de Mindelo ficaram encantados. O filme Mindelo – Atrás de Horizonte foi exibido pela primeira vez em uma sala de cinema aqui em Gramado.
COORDENAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA36º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO
Colectiva de Imprensa do filme Mindelo - Atrás de Horizonte - Roteirista Alexis Tsafas e o director de fotografia Yannis Fotou - Foto Cleiton Thiele/PressPhoto

Por outro lado, isto já hoje quarta-feira, os dois representantes do filme em competição participaram num debate sobre cinema e sobre os conteúdos dos filmes em exibição:

Equipes do estrangeiro Mindelo e dos Curtas participam de debate
13/08/2008
Terminou há pouco as rodadas de debate sobre os filmes exibidos ontem. Cinéfilos, estudantes, atores, diretores e jornalistas discutiram os Curtas Hiato, Blackout, Espalhadas pelo Ar e Noite de Domingo.
Este ano, os curtas ganharam um novo horário. São exibidos às 17 horas em sessões gratuitas. A mudança dividiu opiniões. Uns acreditam que ao deixar de serem apresentados junto com os longas, os curtas perderam visibilidade. Outros consideraram válida a alteração, já que possibilitou o acesso do público jovem, que tem comparecido em peso às projeções.
Também foi abordada a dificuldade de se fazer cinema no Brasil. Para os realizadores, muitos em começo de carreira, a viabilização dos projetos se dá através do apoio de amigos e do estabelecimento de parcerias.
Em seguida foi a vez do estrangeiro Mindelo – Atrás de Horizonte. O cineasta Alexis Tsafas, explicou que admira muito a cultura latino-americana e por isso seu documentário possa ter algumas semelhanças com a estética dos filmes cubanos. O diretor comentou ainda, já realizou um longa em Cuba.
Ao ser questionado se Mindelo passa uma “nostalgia”, Tsafas disse que não. Para ele, a vida em Cabo Verde transcorre muito tranquilamente e a cultura do povo se expressa através da calma e das festas quando cai a noite.
A opção pela linguagem visual também foi muito discutida. O cineasta comentou que as imagens falam mais do que as palavras e que usou a intuição e a sensibilidade para conseguir expressar todos os segmentos da sociedade cabo-verdiana sem narração. Os únicos textos utilizados foram poemas e letras de música.
A próxima rodada de debates acontece quinta-feira, a partir das 10:30 da manhã.
COORDENAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA36º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

Até o próximo sábado muitos artistas vão passar pela passarela em direção ao Palácio dos Festivais recebendo o carinho do público que se aglomera para ver seus actores preferidos.

"O Festival faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul e atrai as atenções do mercado nacional para a cidade de Gramado que retribui com o que tem de melhor: a magia da serra gaúcha, terceiro destino turístico mais desejado do Brasil", afirma o Prefeito Pedro Bertolucci.
Mais tradicional festival de cinema do Brasil, o Festival de Gramado chega a sua 36ª edição apresentando 11 longas em competição, sendo seis nacionais e cinco estrangeiros. Também serão exibidos 12 curtas nacionais e 17 curtas da mostra gaúcha.

Neste ano a organização homenageia o humorista Renato Aragão, o actor gaúcho Walmor Chagas, o cineasta Júlio Bressane e o cubano Julio Garcia Espinosa.

O prefeito Pedro salienta que desde a primeira edição "o crescimento do Festival está intimamente ligado à vocação turística e a hospitalidade da nossa comunidade, activamente envolvida, contribuindo para esta atmosfera calorosa e de intensa integração cultural que tem caracterizado este grande evento".

Gramado transformou-se num palco que traduz as realizações do cinema nacional. Reúne um grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema, debater e criar a possibilidade de fazer sempre mais e com melhor qualidade. O Festival é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo ao cinema nacional.

A entrega dos prémios está previsto para o próximo Sábado pelas 21h locais, com o que chamam de Solenidade de Premiação.