Crise anunciada no Ensino dito Superior plantado no chão das Ilhas.
Nem oito… nem oitenta! – A verdade é que serem os estudantes obrigados a sair do país para poderem continuar os seus estudos superiores noutro país qualquer, como foi norma nos primeiros anos da independência e até há poucos anos trás… é no mínimo castrador em diversos aspectos. Desde o ‘cortar’ com a família, com a cultura, com os amigos, com o estilo de vida, e sobretudo a obrigação de aprender e estudar em língua estrangeira… sem esquecer o reduzir drástico das possibilidades de ter essa faculdade – o acesso.
Mas referimo-nos a isso (nem oito… nem oitenta!) pelo facto de sentirmos, nos últimos anos, a sensação de que, agora, a preocupação maior é a proliferação de cursos superiores, relegando para segundo plano esse outro aspecto, também ele fundamental: a qualidade desse ensino.
Ficamos com a sensação de que, agora, o que interessa é criar, criar, criar… e não pesquisar, organizar, reunir as condições para ministrar cursos superiores de superior qualidade.
Cursos superiores que, não obstante as nossas pretensões, de superior só têm quantidade… quando é de se exigir que esses cursos superiores o sejam pela qualidade.
É caso para dizer: Qualidade superior para o nosso Ensino Superior, procura-se... almeja-se… e que se deve trabalhar nesse sentido. Mas infelizmente os sinais que saem e a prática não vão nesse sentido.
“A proibição (Constitucional) de o Estado programar a educação e o ensino segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas” não deve afugentar o Estado de programar, de pensar, de organizar… e em relação ao privado, de fiscalizar e de exigir um nível mínimo.
É caso para pedir que se encare, à imagem do que se passa noutros países, a possibilidade de criar um Instituto de Investigação de Políticas do Ensino Superior para podermos voltar a acreditar na qualidade – amanhã, pelo menos! – do nosso ensino superior, privado e público. Com a missão de juntar mentes formadas e esclarecidas, para além do necessário ‘know how’, e desempenharem as actividades necessárias primárias para a instauração/instalação paulatina, programada do nosso Ensino Superior.
E esse Instituto teria o objectivo permanente de ajudar a aprofundar a investigação, de forma a fazer nascer, e com o tempo, fazer avançar o pensamento crítico cabo-verdiano… ao mesmo tempo que promoveria um entendimento informado sobre as questões vitais das políticas de ensino superior a nível nacional.
O Instituto seria a pedra angular do Ensino Superior no país, coordenando, sempre através da interacção com os mais variados agentes do sector, os projectos de investigação que desaguariam nas linhas mestras para o desenvolvimento desse objectivo. Projectos e Ideias que abordam todos os tipos de questões relacionadas com as políticas do ensino superior, e que também devem reflectir a grande diversidade das formações académicas possíveis para estas Ilhas.
Promover um debate sobre as questões-chave das políticas do ensino superior.
Estudo e apresentação de propostas que ajudem o Estado a cumprir com a obrigação (Constitucional: acessível a todos) de facilitar o acesso, pela equidade, pelo menor custo.
Análise aprofundada dos Currículos e da necessidade de banalizar a ideia da eficácia duma avaliação constante… sem esquecer a sistematização das equivalências.
Apoiar o avanço do conhecimento sobre as políticas do ensino superior.
Nem oito… nem oitenta! Porque não queremos que situações como a que aconteceu com a primeira ‘fornalha’ de arquitectos formados no país, se torne corriqueiro e normal. Porque nunca será normal que num país pobre como o nosso, cheguemos ao ridículo de investir, gastar tempo e dinheiro… com brincadeiras. Felizmente, os sinais da UniCV parecem ser noutro sentido.
BLOG JOINT PROJECT
Mas referimo-nos a isso (nem oito… nem oitenta!) pelo facto de sentirmos, nos últimos anos, a sensação de que, agora, a preocupação maior é a proliferação de cursos superiores, relegando para segundo plano esse outro aspecto, também ele fundamental: a qualidade desse ensino.
Ficamos com a sensação de que, agora, o que interessa é criar, criar, criar… e não pesquisar, organizar, reunir as condições para ministrar cursos superiores de superior qualidade.
Cursos superiores que, não obstante as nossas pretensões, de superior só têm quantidade… quando é de se exigir que esses cursos superiores o sejam pela qualidade.
É caso para dizer: Qualidade superior para o nosso Ensino Superior, procura-se... almeja-se… e que se deve trabalhar nesse sentido. Mas infelizmente os sinais que saem e a prática não vão nesse sentido.
“A proibição (Constitucional) de o Estado programar a educação e o ensino segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas” não deve afugentar o Estado de programar, de pensar, de organizar… e em relação ao privado, de fiscalizar e de exigir um nível mínimo.
É caso para pedir que se encare, à imagem do que se passa noutros países, a possibilidade de criar um Instituto de Investigação de Políticas do Ensino Superior para podermos voltar a acreditar na qualidade – amanhã, pelo menos! – do nosso ensino superior, privado e público. Com a missão de juntar mentes formadas e esclarecidas, para além do necessário ‘know how’, e desempenharem as actividades necessárias primárias para a instauração/instalação paulatina, programada do nosso Ensino Superior.
E esse Instituto teria o objectivo permanente de ajudar a aprofundar a investigação, de forma a fazer nascer, e com o tempo, fazer avançar o pensamento crítico cabo-verdiano… ao mesmo tempo que promoveria um entendimento informado sobre as questões vitais das políticas de ensino superior a nível nacional.
O Instituto seria a pedra angular do Ensino Superior no país, coordenando, sempre através da interacção com os mais variados agentes do sector, os projectos de investigação que desaguariam nas linhas mestras para o desenvolvimento desse objectivo. Projectos e Ideias que abordam todos os tipos de questões relacionadas com as políticas do ensino superior, e que também devem reflectir a grande diversidade das formações académicas possíveis para estas Ilhas.
Promover um debate sobre as questões-chave das políticas do ensino superior.
Estudo e apresentação de propostas que ajudem o Estado a cumprir com a obrigação (Constitucional: acessível a todos) de facilitar o acesso, pela equidade, pelo menor custo.
Análise aprofundada dos Currículos e da necessidade de banalizar a ideia da eficácia duma avaliação constante… sem esquecer a sistematização das equivalências.
Apoiar o avanço do conhecimento sobre as políticas do ensino superior.
Nem oito… nem oitenta! Porque não queremos que situações como a que aconteceu com a primeira ‘fornalha’ de arquitectos formados no país, se torne corriqueiro e normal. Porque nunca será normal que num país pobre como o nosso, cheguemos ao ridículo de investir, gastar tempo e dinheiro… com brincadeiras. Felizmente, os sinais da UniCV parecem ser noutro sentido.
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10 comentários:
A orientação das politicas educacionais por uma Instituição é uma boa ideia e ao princípio é não algo impossível de se implementar em Cabo Verde.
Quem diz um Instituto... também pode preferir um Núcleo, Centro... desde que tenha esse objectivo que acho imprescindível para 'saber-mos' os caminhos para uma boa qualidade do nosso ES.
Fonseca. Palavra chave totalmente ausente em relação a este assunto: REGULAÇÃO!
JB, também eu acho que é uma palavra chave para a contínua saúde do sector. E quanto a mim, é papel-chave do tal Centro ou Instituto...
Abraço
Um post pertinente.É por esta e por outras que me orgulho da nossa MADE IN CV. Tcha, ess post te "on point."
BUll's EYE!!!!
Quel brassa, hahaahaha.
PS- Obrigado pela mensagem no blog. Significa muito, acredita!
Olá.
Gostei da ideia de criar um instituto unicamente dedicado à investigação de políticas do ensino superior.
Venho juntar à ideia algumas sugestões. Que:
- ele esteja englobado num departamento de ciências da educação;
- leve em conta as saídas profissionais estando em sintonia com o perfil económico do país;
- venha assessorar o Ministério da Educação na definição de políticas.
Nem mais, Amilcar Tavares! A investigação... com o objectivo de começarmos a ter um 'pensamento caboverdiano' nas mais diversas disciplinas... enquanto a qualidade do nosso ES estará mais do que garantida.
Abraço
Caro, visitei o blog Teatrakacia e achei o conteúdo bem interessante.
Trabalho numa empresa ligada a educação e gostaria de enviar um material para que conheça o trabalho da mesma.
Você poderia me enviar um email de contato?
Muito obrigada,
Karla
olá, gostaria do emaild o contato do blog para enviar uma sugestão de pauta.
obrigada!
Karla e educaedu... obrigado pelo comentário, e aí vai o e-mail de contacto: tcha72@gmail.com
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