A relevância dos laços que unem Brasil e Cabo Verde, especialmente no campo da literatura, da língua, de uma origem histórico-política irmã, aponta para a necessidade de iniciativas que ampliem e verticalizem o nosso conhecimento a respeito das realidades das ilhas crioulas. O resultado esperado deste aprofundamento será um diálogo em bases mais sólidas, permitindo, inclusive, que se desfaçam estereótipos e equívocos que o desconhecimento alimenta, tanto sobre as Áfricas (na sua riqueza plural) quanto, em especial, sobre o Arquipélago.
O extremo interesse, hoje, dos Ministérios da Cultura, das Relações Exteriores e da Educação brasileiros por Cabo Verde, como um dos países mais desenvolvidos da África na atualidade, assim como a legislação (Lei 10639/ 2003, Artigos 1º e 2º da Resolução do Conselho Nacional de Educação/ 2004 e a recente Lei Federal 11 645/ 2008) que ampara e expande o conhecimento das culturas africanas, instituída pelo Governo brasileiro, por si já evidenciam a importância do I Seminário Internacional de Estudos Cabo-verdianos para o setor cultural do nosso país.
Nossa proposta é a realização de um evento que tenha como tema os Estudos Cabo-verdianos, privilegiando as relações entre a literatura de língua portuguesa (nossa área principal de atuação na universidade brasileira) e o patrimônio imaterial crioulo, dando destaque ainda a aspectos relevantes para a interlocução texto literário/contexto como história, geografia, clima, cultura popular (tradições orais, música, culinária, artesanato), língua (oficial portuguesa e materna, crioula e discussões para o estabelecimento do crioulo padrão e do crioulo como língua nacional), pintura, cinema, fundamentais o desenvolvimento pleno das nossas atividades acadêmicas e culturais em vários níveis de atuação, da Extensão à Pós-Graduação.
Com a finalidade de traduzir-se num diálogo enriquecedor, o evento contará com a presença de pesquisadores da cultura crioula, escritores, artistas, lingüistas e historiadores cabo-verdianos radicados no Arquipélago ou no Brasil, o que significa diminuir a distância geográfica entre as informações, fortalecer a discussão em torno de problemas que são altamente significativos em nossos processos histórico-culturais e estreitar a convivência irmã.
O I Seminário Internacional de Estudos Cabo-verdianos, sob a égide do cinqüentenário da morte de um dos ícones da poesia e da música cabo-verdianas, B. Léza, tem ainda como propósito homenagear (in memoriam) personalidades precursoras da área de estudos africanos como Maria Aparecida Santilli e Benilde Caniato, professoras da Universidade de S. Paulo. E ainda, mais que merecidamente, a partir do título do evento (Contravento, pedra-a-pedra), inspirado na Antologia bilingue da poesia cabo-verdiana organizada em 1982 por Luís Romano de Madeira Melo, pretende valorizar em vida o legado deste importante intelectual, escritor e folclorista cabo-verdiano, que adotou a terra brasilis como segunda pátria, promovendo a solidificação dos traços de união indispensáveis às relações entre Cabo Verde e Brasil.
O extremo interesse, hoje, dos Ministérios da Cultura, das Relações Exteriores e da Educação brasileiros por Cabo Verde, como um dos países mais desenvolvidos da África na atualidade, assim como a legislação (Lei 10639/ 2003, Artigos 1º e 2º da Resolução do Conselho Nacional de Educação/ 2004 e a recente Lei Federal 11 645/ 2008) que ampara e expande o conhecimento das culturas africanas, instituída pelo Governo brasileiro, por si já evidenciam a importância do I Seminário Internacional de Estudos Cabo-verdianos para o setor cultural do nosso país.
Nossa proposta é a realização de um evento que tenha como tema os Estudos Cabo-verdianos, privilegiando as relações entre a literatura de língua portuguesa (nossa área principal de atuação na universidade brasileira) e o patrimônio imaterial crioulo, dando destaque ainda a aspectos relevantes para a interlocução texto literário/contexto como história, geografia, clima, cultura popular (tradições orais, música, culinária, artesanato), língua (oficial portuguesa e materna, crioula e discussões para o estabelecimento do crioulo padrão e do crioulo como língua nacional), pintura, cinema, fundamentais o desenvolvimento pleno das nossas atividades acadêmicas e culturais em vários níveis de atuação, da Extensão à Pós-Graduação.
Com a finalidade de traduzir-se num diálogo enriquecedor, o evento contará com a presença de pesquisadores da cultura crioula, escritores, artistas, lingüistas e historiadores cabo-verdianos radicados no Arquipélago ou no Brasil, o que significa diminuir a distância geográfica entre as informações, fortalecer a discussão em torno de problemas que são altamente significativos em nossos processos histórico-culturais e estreitar a convivência irmã.
O I Seminário Internacional de Estudos Cabo-verdianos, sob a égide do cinqüentenário da morte de um dos ícones da poesia e da música cabo-verdianas, B. Léza, tem ainda como propósito homenagear (in memoriam) personalidades precursoras da área de estudos africanos como Maria Aparecida Santilli e Benilde Caniato, professoras da Universidade de S. Paulo. E ainda, mais que merecidamente, a partir do título do evento (Contravento, pedra-a-pedra), inspirado na Antologia bilingue da poesia cabo-verdiana organizada em 1982 por Luís Romano de Madeira Melo, pretende valorizar em vida o legado deste importante intelectual, escritor e folclorista cabo-verdiano, que adotou a terra brasilis como segunda pátria, promovendo a solidificação dos traços de união indispensáveis às relações entre Cabo Verde e Brasil.
MOSTRA AUDIOVISUAL Sessões decorrem na CINUSP
Mindelo - traz d' horizonte - aconteceu pelas 19:00 do dia 25 passado
Produção: CRIOULA – EUROSTUDIO
O documentário longa-metragem é um filme que tenta experimentar pelos sentidos, a alma da cidade de Mindelo e a cultura crioula pela vida contemporânea do seu povo.
Realização: Alexis Tsafas.
Diretor artístico: Fonseca Soares
Fotografia: Yannis Fotou
Música: Vasco Martins
Para amanhã, 28 de Novembro:
16:00 - Os Rebelados no fim dos tempos
Sinopse: “Filmado na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, o documentário acompanha o quotidiano e as expectativas de três rebelados que esperam o fim do mundo, anunciado pelos mais velhos para o termo do milénio. Durante um ciclo agrícola, a câmara percorre o dia a dia de três personagens, um pai e dois filhos, nos trabalhos do campo, no vai vem aos centros urbanos ou durante as noites da ladainha.”
Realização: Jorge Murteira.
Duração: 51’.
17:00 - Áreas protegidas de Cabo Verde
Sinopse:
Um dos maiores recursos em prol do ambiente em Cabo Verde foi a criação e a promoção das chamadas áreas protegidas. Adoptadas pelo estado cabo-verdiano como zonas de reserva ecológica, estas áreas estão delimitadas por lei, e resguardam os elementos da biodiversidade e da paisagem ambiental das ilhas.
Realização: Margarida Fontes.
Duração: 21’31’’.
17:30 - A crítica ao Lócus Claridoso
Sinopse:
A Claridade, como movimento complexo, produziu também os seus questionamentos, alguns, inclusive, em contraponto. É a geração dos nacionalistas que lhe impõe a primeira análise crítica.
Realização: Margarida Fontes.
Duração: 26’12’’.
18:15 - Mais alma
Sinopse:
Durante um Verão, o filme segue, em duas ilhas do arquipélago de Cabo Verde, o processo de criação dos espectáculos que serão apresentados no festival de teatro do Mindelo.Um olhar também sobre a vida fora do palco, acompanhando de perto pessoas que querem encontrar formas de exprimir uma identidade nova, “uma África…”.Os ensaios e bastidores, o nascimento e a discussão das ideias dos grupos de dança Raiz di Polon e Terra a Terra, do grupo de teatro Otaca e dos Acrobatas da Pedra Rolada.
O uso do corpo como instrumento de criação. E um músico, Orlando Pantera que nos indica o caminho da inspiração: mais alma…
Realização: Catarina Alves Costa.
Duração: 56’.
Atenção:A programação será repetida na semana seguinte, no CINUSP, sem os debates.