os bons fantasmas
o 'mauzinho' Perna de Pau
Pois é, fomos muitos os do 'Teatrakácia' que estivemos na sessão inaugural do Projecto 'Barcos de papel', no CCP/ICA aqui no Mindelo.
Depois seguiu-se a primeira 'leitura dramatizada', com a Suely Duarte e o João Branco a desmultiplicarem-se nos vários personagens da bela peça do Wilson Machado. Até visualmente foi 'gostoso' de ver e ouvir Teatro. Parabéns!!!
E retomamos aqui a notícia do Mindelact.com sobre o evento de sexta-feira passada, com a devida vénia.
'CABEÇAS NO SÓTÃO' ABRE O PROJECTO 'BARCOS DE PAPEL'
Primeira sessão de «Barcos de Papel» foi um sucesso
Foi um sucesso a primeira sessão do programa de intercâmbio dramatúrgico entre Portugal, Brasil e Cabo Verde que decorreu ontem, 28 de Abril, na biblioteca do CCP - ICA, com a leitura dramatizada da peça «Cabeças no Sótão», do brasileiro Wilson Machado. Antes da leitura aconteceram dois momentos cheios de emoção, com o contacto directo, via Internet, com o autor da peça (Brasil) e William Gavião, o mentor do projecto (Portugal). Em Maio há mais.
Com uma sala da Biblioteca do Centro Cultural Português - Pólo do Mindelo praticamente cheia, maioritariamente preenchida por alunos de teatro e elementos de outros grupos de teatro, aconteceu a primeira sessão do projecto «Barcos de Papel», versão crioula do programa de intercâmbio de dramaturgia entre o Brasil, Cabo Verde e Portugal. «Correu muito bem», afirmou João Branco, visivelmente satisfeito. «E uma das maiores emoções foi poder falar em directo com o autor, que estava no Brasil e com o William Gavião, mentor do projecto, que estava em Portugal. A palavra ponte fez hoje todo o sentido».
A peça escolhida foi «Cabeças no Sótão» e teve a interpretação do próprio João Branco e Suely Duarte. A peça é da Wilson Machado, um dramaturgo brasileiro contemporâneo que, entre marcos da carreira, conquistou o 2o lugar no IV Concurso Nacional de Dramaturgia de Porto Alegre - Prémio Carlos Carvalho, com a peça «Ninguém virá bater à minha porta», e lançou o livro de contos chamado «O Silêncio de Cada Um», pela Editora Razão Cultural/Palavra & Imagem.
Posteriormente, autores cabo-verdianos, entre eles Espírito Santo da Silva, Mário Lúcio Sousa, Arménio Vieira e Júlio Fortes, serão lidos em Portugal e no Brasil. A ideia é, segundo William Gavião, reflectir e representar “as nossas inquietações, preocupações socio-culturais/políticas e artísticas, unindo a memória e os esforços que juntos partilhamos”, afirma William Gavião.
O evento insere-se no projecto triangular Brasil-Portugal-Cabo Verde de intercâmbio dramatúgico intitulado «Salve a Língua de Camões».
Rebaptizado «Barcos de Papel» na edição crioula, em homenagem ao escritor e poeta Luís Romano, autor do famoso romance «Famintos», este programa de intercâmbio consiste em colocar agentes teatrais do Brasil, Cabo Verde e Portugal a ler as peças uns dos outros.
Cabo Verde passou a integrar esta iniciativa depois de um contacto entre o brasileiro William Gavião do grupo CAIR-TE (Centro Armado da Investigação e Reflexão do Teatro) e autor do projecto “Salve a Língua de Camões” e João Branco da Associação Mindelact, tornando-se Cabo Verde no primeiro país africano a registar a sua participação neste programa. Concebida e produzida pela Companhia Teatral CAIR-TE/ Teatro Reactor, esta acção espelha uma aposta na descentralização do Teatro, a nível formal e conceptual. A proximidade é explorada pelas ligações via internet, em cada sessão, com os autores das dramaturgias/responsáveis pelo projecto. O projecto conta como parceiros a Câmara Municipal de Matosinhos, a Sociedade Portuguesa de Autores, a Associação Paulista de Autores Teatrais, a Mindelact, FNAC e o Consulado Geral do Brasil no Porto.
Com Teresa Sofia Fortes: http://www.asemana.cv/